Uma prova de que design e estilo não são uma questão de finanças, mas sim um exercício do olhar. “Hi and low” é o termo utilizado pelos arquitetos Ana Terra Graf e Marcelo Vacção quando explicam a proposta predominante no Café Maria Antonieta. Montado em uma área de 50 metros quadrados, o espaço “provoca” o usuário por meio da mistura de elementos contrastantes: o lúdico com o sofisticado, o monocromático e impessoal com o intimista, o clássico com o contemporâneo e o barato com o caro. Um dos grandes diferenciais é o uso racional de materiais inusitados com nova função, bem diferente da original, resultando em um visual criativo, agradável e econômico. Outro destaque é o projeto luminotécnico, feito pela lighting designer Eliana Zielonka, que apostou na setorização, criando um ambiente com dramaticidade na área das mesas e uniforme no espaço funcional da copa. A parede principal do Café forrada com formas plásticas de pudim que receberam acabamento com pintura automotiva na cor prata e os lustres com formas de bolo, desenhados pelos próprios arquitetos, inspirados pelo designer Ingo Maurer, são algumas curiosidades do ambiente e confirmam a tendência da refuncionalização. “O projeto foi inspirado em Maria Antonieta, homenageando o ano da França no Brasil. Entretanto, nossa versão de Maria Antonieta é mais lúdica que luxuosa, mais contemporânea que clássica. Os painéis recortados a laser são uma referência surrealista ao designer Philippe Starck. Os bancos com aplicação capitonê remetem aos sofás Chesterfield”, explicam os arquitetos.
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O estilo tropical é a marca do jardim do Terraço do Café, que está em uma área de 73 metros quadrados. A ideia dos profissionais responsáveis pelo espaço é provar que, mesmo em um local pequeno, é possível construir um ambiente agradável, imponente e com surpresas e descobertas. O público-alvo do terraço é formado por pessoas que estão ligadas diretamente à natureza. Entre os destaques estão um móbile diferenciado – concebido exclusivamente para a mostra –, uma pérgula estilizada e um orquidário. O objetivo foi explorar volumes, formas e cores, utilizando materiais ecologicamente corretos. “O jardim do Terraço do Café caracteriza um momento prazeroso de pausa e reflexão, integrando o ser humano à natureza, em uma fuga da vida urbana. É como se fosse um paraíso, traduzido em sombra e água fresca”, concluem os paisagistas.
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